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O B2B que paga a sua smarthome

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Photo credit: classic_film on Visual hunt / CC BY-NC

Quem vai pagar a conta?!

Neste ano, as principais fabricantes de hardware começaram a migrar para o modelo de serviços, deixando a lição clara: não basta apenas ter um aparelho, é preciso agregar valor. Nessa semana mesmo Tim Cook informou que está procurando formas de criar uma mensalidade ligada ao iPhone (isso sem falar nos mil serviços de streaming de vídeo sendo lançados, o que inclui a própria Apple). No MORSE de hoje damos um passo à frente: o que acontece quando a monetização a partir de assinaturas chega ao limite? A saída está no ecossistema – e, obviamente, nos dados. Segue o fio:

On the Road

Imagina uma fabricante fazer parcerias com outras marcas para, ao mesmo tempo, diminuir o valor do device que irá lançar, oferecer serviços mais completos ao usuário final e ainda gerar dados valiosos para as duas pontas? Não estamos indo fora da caixa, não. Estamos literalmente indo dentro dela, no caso é a caixa de metal que você usa para se locomover todos os dias: os carros. Pois foi exatamente esse o modelo adotado pela Sem Parar e pela ConectCar; ambas começaram como serviços de assinatura diretamente para o usuário, mas começaram a sair desse caminho e se encontrar nas parcerias. O Sem Parar, por exemplo, fechou parceria com Nissan para disponibilizar o sistema nos carros da marca: para os usuários, há desconto – e para a marca de carros, uma conveniência extra. Já a ConectCar firmou parceria com a Localiza e está procurando formas de cruzar a geolocalização das etiquetas para trazer valor às parcerias – como é a que está fazendo com a rede de lava-rápido DryWash. Segundo o Neofeed, a ConectCar fica sabendo quando o lava-rápido está vazio e manda uma notificação para quem está perto da unidade. “Estamos analisando e estudando como podemos monetizar os dados”, afirmou o CEO da ConectCar, Felix Cardamone. 

A revolução será televisionada sim

Falando em dados, a TV também está olhando para esse modelo. Não é à toa que a Roku comprou a Dataxu na semana passada. A gente já falou um tanto sobre esse negócio no blog e no podcast desta segunda-feira, mas o negócio é: com a possibilidade de ter uma plataforma de ads e targeting própria, a empresa que cria aparelhos para smart-TV tem o caminho de monetizar a si mesma sem depender apenas da venda de devices. Sem contar que ela gera valor para as redes parceiras e cria um espaço para diminuir o custo final para o usuário. 

It’s like a Movement…

No mundo fitness, a ideia das parcerias também está tomando corpo (tudum-tss). A Fitbit, por exemplo, criou tantas parcerias com seguradoras, que no começo deste ano lançou um produto especialmente para o mundo corporate, assim as empresas podem distribuir para funcionários e clientes e os dados são compartilhados entre a Fitbit e eles – falando na marca, o Google acabou de confirmar que irá comprar a Fitbit por US$ 2,1 bilhões. A Peloton tem adotado um modelo similar de parceria colocando os dados na mesa de negociação; a brasileira Movement, que cria equipamentos para exercícios físicos, também tem ido atrás de entender como as informações captadas por esteiras e bicicletas ergométricas podem ser relevantes para criar uma relação de reciprocidade – tanto com marcas, quanto com usuários. 

What if…?

Voltando ao Tim Cook lá do começo: nesta semana ele falou, com todas as letras, que a Apple está procurando novas maneiras de ter uma renda recorrente a partir dos iPhones. 

Isso é o CEO de uma das principais fabricantes de smartphone falando. Vocês imaginam o que acontece para aquelas empresas tentando fabricar e vender devices para casas conectadas? Ou marcas de “smart-carros”? O nosso “e se” aqui é mais um conselho: e se as fabricantes se juntassem a marcas para compartilhar os dados gerados nos aparelhos e, assim, o valor final do produto diminuísse? Não seria uma forma possível de se fazer os dispositivos conectados, como geladeiras e ar-condicionados, que atualmente são muito caros, chegarem num valor mais amigável ao bolso da maioria? Não seria esse o truque para a massificação dos IoT, exatamente como foi com o Sem Parar? Tome o exemplo de uma geladeira conectada, não faria sentido para uma marca de supermercado se ligar a uma fabricante? E se o Pão de Açúcar ou o Rappi subsidiassem uma Smart Geladeira em troca de entender hábitos de consumo? Assim conseguiria informações boas sobre os seus usuários, bem como poderia utilizar os dados para melhorar o seu poder de personalização – ajudando a ‘custear’ parte do preço final do refrigerador. Pensem nisso.

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