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Second Life to Second Life

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Há uma semana, o rapper Travis Scott resolveu seguir o caminho de todos no mundo da música e fez uma live. Mas a dele foi um pouco diferente: no lugar de subir um show pelo YouTube, ou Instagram, ou correlatos, ele fez um concerto virtual dentro do jogo Fortnite. O resultado? Uma audiência de 12,3 milhões de jogadores pelo mundo todo. Isso acendeu as nossas antenas para uma tendência que está viva no mundo digital desde antes dos anos 2000: o mundo virtual se tornou a realidade das pessoas. 

Um game épico

O game onde Scott fez seu show é conhecido no mundo Mobile (sério, eles tem mais de 250 milhões de usuários no mundo), a gente até já comentou sobre ele por aqui no Morse. Mais do que um espaço virtual para o jogo, a Epic Games – criadora do Fortnite – de fato formatou uma plataforma para manter o jogador por ali: tem tanto lugar para comprar produtos (e marcas que anunciam dentro do game), como também um espaço de chat entre jogadores. No mundo onde parte do mundo está obrigada a ficar em isolamento social, essa plataforma ganhou um novo significado, já que ela ganhou desenhos de espaço de relacionamento. Tanto que a companhia está por trás também do Houseparty, aplicativo de realidade virtual para festas e também lançou o Party Royale, uma área do jogo apenas voltada para atrações como shows e cinema.  Com a quarentena, o uso do game, obviamente, cresceu. Na Itália, logo no começo do lockdown, a Tim viu aumento de 70% no uso das redes e atribuiu ao Fortnite. Na semana passada, o game de battle royale ainda passou por uma outra marca: começou a ser vendido diretamente na PlayStore. Sim, até hoje, o app estava sendo distribuído via site próprio da Epic Games, devido à batalha da empresa com as taxas do Google. Durante a quarentena, no entanto, quem fez a dancinha final foi a dona do Android…

Second Life for Second Life

Não é só o Fortnite que está crescendo em número de usuários, o Second Life também. Sim, lembram do Second Life? Lá por volta de 2003-2004, o jogo que recriava espaços reais no “ciberespaço” (alguém ainda usa essa expressão? Saudades) e permitia que o usuário criasse um avatar, para interagir com outras pessoas do mundo inteiro era um fenômeno. Lá em 2007, inclusive, algumas empresas faziam ações dentro do Second Life, como essa da Telefônica (coordenada por ninguém mais, ninguém menos, que o ‘nosso’ João Carvalho).  Com o advento das redes sociais, a procura pelo Second Life diminuiu, já que os usuários já tinham um lugar para interagir sem precisar passar pela interface gráfica. O negócio é que, na quarentena, exatamente essa parte gráfica e “real” que tem atraído as pessoas de volta. Tanto que a quantidade de usuários ativos do jogo voltou para a casa do milhão. A explicação dos executivos da Liden Lab? O jogo oferece a oportunidade de “uma vida mais normal” para as pessoas que estão estressadas e confinadas em casa. 

Virtual Home Office

Falando em vida real, a HTC está apostando na volta da vida profissional. Só que no mundo digital. Sim, estamos falando de home office, mas não exatamente de plataformas de videoconferência (parada para comentar o quanto esse segmento está tendo competição forte, mas isso fica para uma outra newsletter) e sim de realidade virtual. Eles lançaram um aplicativo para recriar uma sala de reunião na tela do smartphone, é possível, até mesmo, escolher o lugar onde irá sentar e criar avatares… Isso nos lembrou do site “I miss the office”, que recria os sons do escritório para quem está trabalhando de casa. Mas também nos faz pensar nas oportunidades para marcas estarem nesses lugares. 

Retail-VR

O passo a frente também já está sendo dado por algumas marcas de produtos, que estão correndo para acrescentar um fator “realidade” aos seus ambientes Mobile. Ou pelo menos a outros ambientes, foi o caso da L’Oreal, que se juntou ao Snapchat para oferecer “filtros” com seus produtos para pessoas não só experimentarem, como também usarem nas suas videoconferências!

Bar?

Agora, a rede de restaurantes norte-americana Red Lobster passou a oferecer um fundo “virtual” de seus restaurantes para plataformas de videoconferência como Zoom e Google Hangouts. É uma maneira de repassar a experiência dos espaços físicos para o mundo virtual. Enquanto isso, alguns bares e baladas de São Paulo estão experimentando repassar a vida noturna para a digital a partir de lives no Instagram. O resultado tem sido interessante, pelo menos para quem é do mundo do flerte.

The Virtual is …

Assim que a quarentena for levantada, a gente tem certeza que muitos dos nossos hábitos da “vida real” vão voltar. De qualquer forma, a gente está aprendendo que é possível recriar experiências, e por que não sentimentos, no mundo virtual! Taí uma lição que vai ficar para as nossas estratégias – e vidas – nos próximos anos.

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