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Quanto vale sua atenção?

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Queríamos um minutinho da sua atenção! Ok, alguns minutinhos da sua atenção, para perguntar e tentar responder à seguinte pergunta: qual é o valor do seu tempo nesse momento, como as empresas podem fazer para valorizá-lo e, principalmente, o que você ganha com isso?

Time Business

Se fosse montar uma empresa hoje, qual seria o maior desafio? Seja o seu business B2C ou mesmo B2B, seja de conteúdo, de produtos ou de serviços, você precisa obviamente de clientes. Porém, mais do que isso, você precisa da atenção e do tempo deles. Para o business de conteúdo isso parece óbvio, mas para outros segmentos também. No varejo físico por exemplo, existe uma correlação entre tempo de permanência em loja e ticket médio, no varejo online, o desafio por atrair e reter fluxo tem feito com que e-commerces e marketplaces invistam em iniciativas de conteúdo, sejam proprietárias ou via aquisições, vide movimentos recentes da Magalu. Isso tudo porque estão correndo atrás de alguns minutos do dia a dia dos consumidores. E aqui, a diferença é que o tempo não muda por nicho de mercado e nem classe social. Ou seja, pelos minutinhos que falamos, todo mundo concorre com todo mundo, mesmo! Pense, por exemplo, que uma Pizzaria ou Bar (em momentos pré ou pós pandemia) concorre com Netflix e Games dado que estão disputando seu sábado à noite.

Attention, please!

Em média, o brasileiro passa quase 10 horas por dia na internet, 5 horas por dia em apps, 3h45 em redes sociais e 2 horas diárias em serviços de streaming de vídeo. Ah, e tem uma média de 7 horas diárias de sono (sim, a gente dorme menos do que fica na internet. Reed Hastings estava certo!). E não estamos contando aqui que você, leitor do Morse, seja gamer, pois se não aumentaria, pelo menos, 10% do tempo de uso de apps. Há 20 anos, nenhum desses meios (tirando o sono, né?!) existia, mas a gente ainda tinha as mesmas 24 horas do dia. Alguns chamam esse fenômeno da gente estar imerso em conteúdo o dia inteiro de “sociedade da informação”, mas aqui a gente discorda: a informação não é escassa, a atenção é. Isso, amigos, é a “attention economy”: o seu tempo é escasso e a sua decisão de passar alguns minutinhos em um serviço digital é MUITO valiosa. E as empresas digitais já captaram tal ideia, tanto que o que elas vendem, normalmente, é um uso melhor do seu tempo: o Uber não vende um serviço de carros, mas a conveniência e a rapidez de você se transportar; o Airbnb não vende estadias, mas o tempo que você passa nos lugares; o Nubank não vende um cartão de crédito, mas a rapidez de você checar tudo online; o Spotify vende, literalmente, mais tempo para você escutar o que quiser, já que a assinatura do streaming retira os ads das playlists. Enfim, os exemplos aqui são muitos, mas e se a gente falar que existe uma outra forma de se olhar para o tempo, uma que traga benefícios financeiros para todas as pontas?

BAT Sinal

O Basic Attention Token (ou BAT) é um “utility token” que funciona, ao mesmo tempo, como um cashback e uma plataforma de ads – ambas, baseadas em blockchain – e que premia os usuários pelo tempo gasto vendo conteúdos e publicidade. Lembra que falamos do NFT há algumas semanas, o BAT funciona de uma forma semelhante, inclusive usando a mesma rede, a Ethereum. O que o BAT faz é entender o quanto de tempo o ad está visível em uma aba ativa e a quantidade de pixels visíveis num conteúdo específico, como por exemplo o ad, em proporção ao número de pixels existente na tela, e assim, consegue calcular a atenção que o usuário dá a uma publicidade. Com esse dado, o token devolve para o usuário uma porcentagem do ad visto, para recompensar o comportamento. Do outro lado, a marca também recebe seu share. Quase que um programa de incentivo para se assistir e interagir com um conteúdo; e também para a criação de conteúdo que seja positivo. Por ser baseado em blockchain, o BAT é descentralizado e mais seguro do que um cookie, já que não é baseado em identidade do usuário que ele faz essa análise e resposta, mas a partir da resposta dele.

Prêmio de participação

Lembrando novamente do sucesso dos NFTS, vocês não vão se surpreender ao descobrir que já existem 9,2 milhões de usuários ativos do BAT e que já existem um milhão de criadores habilitados para receber o criptoativo, isso porque uma das principais formas de uso do BAT tem sido para o pagamento direto aos produtores de conteúdo. Sim, as pessoas estão topando ver mais ads para assinar canais do YouTube e streamers do Twitch. O que nos leva a uma ideia que vai além da tecnologia: o de espaços de notícias ou até mesmo de análises, as revistas e os publishers, começando a analisar e dar algum tipo de reward para aqueles que dão mais atenção ao que eles publicam. Num momento em que todas as empresas estão batalhando pelo tempo de cada usuário, ter esse sistema de “pontos por leitura” pode ser um atrativo e tanto. Um publisher pode criar um “marketplace de atenção” em seus portais ou canais do YouTube: não se trata de contabilizar view, likes e comentários, mas de recompensar aqueles usuários que são os reais fãs, aqueles que leem e veem tudo o que você produz. E de se certificar que tem uma audiência “atenciosa” (que, vamos falar a real, vale mais do que views e likes). Do outro lado, é possível contabilizar esses “lovers”, o que nos leva ao e-commerce.

Baseado nas suas últimas leituras

Se você está ligado no mercado (e aqui no Morse!), sabe que as empresas de comércio digital estão investindo forte em conteúdo, seja organicamente, seja via aquisições. Só a Magalu comprou o Canaltech, o Steal the Look e o Jovem Nerd. Agora, imagine se um desses espaços começar a contar com um BAT que dá reward em crédito na própria loja?! Assim, os fãs – e aqueles que nem são super-fãs, mas acompanham o conteúdo regularmente – entram no ciclo de ganha-ganha entre o publisher e a Magalu. Sem precisar de ads, apenas contando com o poder que um bom vídeo, texto, podcast ou história tem de prender a nossa atenção.

Lançamentos do mês

A tecnologia serve também para a outra ponta do conteúdo: a criação. Se o publisher entender qual tipo de produto chama mais atenção dos usuários, ele consegue também compreender como refazê-lo. Quando falamos de serviços de streaming de vídeo e áudio, esse tipo de análise é mais do que necessária, principalmente para canalizar novos investimentos em produção. Afinal, sabemos que existe um “teto” para quanto cada pessoa pode pagar por uma assinatura de streaming, algumas pesquisas mostram que os brasileiros devem pagar entre 3 e 4 assinaturas. O que significa que: perder a atenção do usuário, mesmo ele sendo pagante, pode significar sair desse “top 4”, o tal do “espaço do bolso”. De acordo com o Hollywood Reporter, por exemplo, aqueles que jogam Fortnite, diminuíram muito o tempo de consumo de outras mídias como televisão e redes sociais, com o tempo. Ou seja, deter a atenção é essencial para reduzir o churn. Ter uma forma de incentivar o consumo atento, bem como uma forma de medir esse tipo de consumo, vai mudar o jogo para todo mundo desse setor.

Ganhe tempo!

Não, a gente ainda não sabe dizer como você consegue aumentar o seu tempo do dia. Não temos dicas para você aproveitar melhor esses minutos e horas. Mas temos uma pergunta a fazer: você toparia um BAT do Morse para converter em serviços digitais?! Sim! Tudo que falamos por aqui, de notícias aos nossos conteúdos e análises proprietárias, tem como objetivo ajudar empresas e profissionais no processo de inovação e transformação digital. Mas sabemos que fazer esse processo não depende apenas de conteúdos, mas também de aprendizados mais profundos (como cursos) e ferramentas. Então, imagine converter sua atenção e seu tempo aqui no Morse em créditos e descontos para essas iniciativas. Faz sentido?

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